São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"This crazy little thing called love..."


Segundo a psicologia de botequim do meu amado husband, eu gosto tanto da de cabelos rebeldes porque ela também gosta de mim e aí eu me sinto valorizada. (Leia nas entrelinhas: para ele, eu sou carente e preciso de aprovação). E mais: a implicância dela com ele é ciúme de mim.

Bom, mas eu disse isso pra contar como eu finalmente cheguei à conclusão de que sim, ela me ama.

Sexta-feira passada ela arrancou o primeiro dentinho. E segundo o pai dela, passou o dia inteiro falando na madrinha, perguntando quando ia vê-la pra mostrar-lhe o dentinho.

Ah, eu já disse que uma vez, na oração do colégio, ela foi lá na frente, rezou o Pai Nosso e agradeceu a Deus pelo pai, pela mãe, pelos irmãos e PELA MADRINHA? Rá! Dorme com essa!

Voltando ao último final de semana...

No sábado, numa demonstração meio infantil (oi? Ela é criança!) de ciúme, ela disse que não, que não queria que eu colocasse um bebê na minha barriga.

Mas isso tudo é besteira, é comum. O que me faz especial é outra coisa. Domingo, ela brincando de implicar com meu digníssimo marido. Eis o diálogo:

Ele cantando: “a cabelos rebeldes é fedorenta... lá lá lá lá lá” (vejam a maturidade de um semi-careca homem de 28 anos).

Ela: “o tio João é peidão-ão-zão-ão”.

Ele continua: “o pai dela peida, lá lá lá!”.

E ela concorda “o meu pai é peidão-ão!”. (Esse detalhe é muito importante: o pai dela peida sim).

E aí o husband diz: “a madrinha peida, lá lá lá...”.

Ela (sem cantar): “não! A madrinha não peida, tio João! Pára!”

Viram aí o que é ter moral?

Moral tem essa história: ser amada é ser colocada à altura de seres não escatológicos. Ou: ser amada é ter uma rolha no fiofó.

* A foto é do primeiro dia de vida.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Percepções

Eu saindo pra biblioteca, a de cabelos rebeldes e o outro sobrinho do meu lado.
O sobrinho (3 anos) dizendo que quando crescesse iria para a biblioteca também, "igual à Tia Lu", e ia pedir à mãe pra comprar um livro grandão "que nem o da Tia Lu" (leia-se vade mecum).
A de cabelos rebeldes só observando e eu pergunto:
- E tu, também vai pra biblioteca quando tiver grande?
Pensativa...
- Vou, mas vou demorar menos.
...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Carta para Filhote - II


E aí que o relógio biológico do teu pai disparou de vez.
Mas disparou, como diria o pessoal do interior, "de cum força".
Mamis tava quietinha, tranquila, você na minha cabeça e no meu coração sempre, mas de uma forma tão sutil que tudo parecia afastar a pressa.
Mas aí teu pai teve uma epifania, e assim, do nada, desabafou. Quer dizer, nada é "do nada". Mas enfim...
O fato é que eu percebi, amore, o quanto o papai tava guardando só pra não pressionar a mamis, e o tanto de vontade que tinha dentro dele. Sim, filhote. Vontade de você, simplesmente.
E a mamãe ficou feliz porque na maioria das vezes, filhote, é o contrário, sabe? Quando você vier ao mundo, estiver grandinho e começar a entender do que são feitas as coisas, você vai ver: a mulher é que em geral toma a frente nesse tipo de coisa. Quer, pisa forte, exige, faz chantagem emocional, beicinho. E o homem reluta, tem medo, protela, enrola até não poder mais.
Então essa parte do convencimento, pra mamis, será sumariamente dispensada. Não é demais?
E aí nesses dias a mamis tem repensado tanta coisa. E aí mamis outro dia ficou acordada até tarde assistindo "O curioso caso de Benjamin Button" e se emocionou, porque de fato o tempo não volta.
Então amore, aguarda aí mais uns instantes que é já que chamo! E venha, viu? Seja obediente!
Ah, já te disse que escolhi teu nome? Larissa, se princesa, ou Lucas, se príncipe. Diz aí se eu tenho juízo?
Beijos mil.
Com amor,
Mamis

I'm back!

Como diria o Esqueleto, voltarei para pegar você, He-Man!
Passar uns meses sem postar e voltar sem muitas explicações - pode, Arnaldo?