São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Rezando o terço com a madrinha

Cabelos rebeldes de novo.
E agora ela não é mais a caçula. A insegurança e o ciúme se refletem, logicamente, na irmã mais velha. E é uma de tomar brinquedo, de implicar, de chorar, de berrar...
Só sei que ela foi pra casa da vó, rezar o terço (compromisso mensal dos 17 filhos, dezenas de netos e quiçá centenas de bisnetos de Chaguinha). Quatro anos de idade. Imagine só, passar quase uma hora escutando "ave-maria, cheia de graça....".
E a madrinha, então, foi cumprir a missão tão orgulhosamente recebida: evangelizar a menininha dos cabelos rebeldes e tentar fazê-la crer que rezar o terço é muito legal. Logo ela, que desarma qualquer um. Logo ela, de uma impaciência e uma agitação que, como já disse, beira a hiperatividade.
A madrinha sentou do lado dela e começou a ensinar: "amore mio, toda vez que o pessoal disser 'ave-maria...' você passa pra próxima bolinha.
E assim foi indo, não sem que ela perguntasse de cinco em cinco minutos: "tá acabando, madrinha?" "madrinha, tá em qual bolinha?". Suficientemente alto para todos darem aquela risadinha abafada.
Quando terminaram (e ela percebeu, porque o salve-rainha quebrou toda a sequência que ela já estava quase decorando), o pai dela se levantou (ato pontuado por mais um "acabou, madrinha?) e sugeriu uma dinâmica. E a madrinha, imaginando uma dinâmica de fato dinâmica, disse toda animada: "amor, olha que legal, agora o papai vai fazer uma brincadeira!"
E o pai dela: "Fechem os olhos, por favor".
Como diria minha vó: ponte que partiu... ele não ia fazer uma dinâmica, e sim uma estática. Uma meditação, uma reflexão... Jesuuuiiisss.... Era agora que ela ia pirar.
Quando a madrinha olhou, ela estava de olhos fechados sorrindo com todo gosto, como quem espera um brinquedo novo de presente surpresa. "Pronto, madrinha, fechei!"
"Madrinha, já fechei!"
"Imagine um jardim, lindo... com flores de todas as cores..."
"Madrinha?" - num volume um pouquinho mais alto...
"Você está sentado embaixo de uma árvore, com uma sombra gostoooosa"...
"Madrinhaaa?"
"Você está caminhando por esse jardim..."
E a madrinha já quase dormindo, acordou com quase-gritos:
Ô MA-DRI-NHAAAA, CADÊ A BRINCADEIRA?"

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rain Man, Invictus e Robert de Niro

Na solidão de ter o marido longe, curtindo os últimos dias do meu ap-lindo-que-decorei-com-muito-amor-há-menos-de-um-ano-mas-vou-deixar-por-uma-ótima-causa, a locadora de vídeos me socorre pelo menos umas duas vezes por semana.

E procuro alugar sempre dois filmes: um lançamento e um antigo (pra ver se eu diminuo a minha ignorância cinematográfica).

Nessa de alugar filmões velh... clássicos, já assisti filmes simplesmente podres. "Onde os fracos não têm vez" é um deles. Aluguei por indicação de uma amiga que disse que o Javier Bardem (que é um luxo, de fato!) atuava excepcionalmente. É vero, mas pelo amor de Deus... Esse é o único aspecto do filme pelo qual se pode pensar que vale à pena assistir à bendita película.

Começa a ruindade do filme com a tradução errada do título "no country for old men" (acho que pensaram que seria muito indelicado traduzir pra "homens velhos", só pode!).

Mas também já peguei uns filmes muito bons: O Poderoso Chefão (dá pra acreditar que assisti há poucos anos?), O Silêncio dos Inocentes (idem), A Cor Púrpura... e ontem o Rain Man, com o Tom Cruise. "Who's the first, who is on the first?". E pensar que a primeira impressão que eu tive do Dustin Hoffman na vida foi quando assisti ao "A Volta do Capitão Gancho". Ele é demais!

Junto com o Rain Man aluguei aquele filme sobre o Nelson Mandela e o time de rugby (what the hell???) lá da África do Sul. Tirando as cenas de rugby-sei-nem-como-joga-isso (e diga-se de passagem que ocupam bem metade do filme), não tem como não se emocionar com a história de vida do Nelson Mandela. E olha aí o finalzinho do poema que servia de inspiração pra ele na prisão:

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate;
I am the captain of my soul.


Minha tosc... livre tradução:

Não importa o quão estreito o portal,
Quão cheio de castigos o caminho,
Sou o senhor do meu destino,
Sou o capitão da minha alma.

Voltei à locadora pra entregar o Rain Man e o do Mandela, e um filminho com o Robert de Niro olhou pra mim da prateleira, eu olhei pra ele, ele paquerou comigo, pintou um clima e eu não resisti. Até porque desde que eu assisti ao "Amigo oculto" que quero assistir todos os filmes com o Robert e a Dakota (sou íntima) que passam pela minha frente. Quem assistiu não tem como não lembrar do "charlie, charlie, charlie!".

Pois é, e deixei lá, na prateleira, carentes, esperando por mim, o "Jean Charles", do Selton Mello (de quem sou fã incondicional), que eu tava querendo muitíssimo (querendo o filme ou o Selton Mello?), e um suspense novo do George Cloney pra próxima. Trouxe o do Robert (gostou da intimidade? 2). E tomara que preste...

domingo, 22 de agosto de 2010

É Fan-tás-ti-co, pam!

E a Maria Gadú com seu primeiro clipe?
Que voz é aquela, rapaz? Incrível, simplesmente demais.
Mas demais mesmo foram os comentários que se seguiram:
Patrícia: "muito talentosa".
Zeca: "ah, e uma menina muito resolvida".
Como assim, te identificastes, Zequinha?

sábado, 21 de agosto de 2010

Super Nanny


Se eu ficar em casa sábado à noite, troco rapidinho o Jornal Nacional pela Super Nanny brasileira.

O que mais me chama atenção é como o filho mais velho de cada casa é, pelo menos em metade dos casos, tratado da mesma forma.

O casal chama a Super Nanny, achando que o problema todo tá nos filhos. Ela faz rotina, bota o casal pra conversar, e chama o mais velho pra falar sobre papai e mamãe. Cara, não varia: e o menino chora, e diz que a mãe e o pai não têm tempo pra ele, porque os irmãos dão trabalho demais, e diz que queria que a mãe ficasse mais com ele, que queria que ela fosse mais carinhosa, que o irmão não deixa brincar...
Talvez me chame atenção justamente porque eu também sou a mais velha lá de casa. E, no meu caso, há uma agravante: depois de mim ainda vêm 3.

Os pais têm o primeiro filho, o casamento ainda é uma maravilha.

Têm o segundo, e nem tudo vai mais tão bem assim. As contas começam a inchar, os pais não têm mais a mesma paciência de antes... E aí começa: "meu filho, você é o mais velho, tem que ajudar".

Chega o terceiro (o que tá cada vez mais raro, mais ainda chega). "Meu filho, você é o mais velho, não se troque com o seu irmão!". "Meu filho, você tem que dar o exemplo!".

E a mãe e o pai, envolvidos com os caçulas - "ele ainda é tão pequenininho" - e com o do meio - "afff, esse veio de encomenda, ô menino danado!" - acabam se acomodando em relação ao primeiro, que vai meio que crescendo por si só, sempre quietinho, sempre obediente, sempre estudioso, sempre querendo agradar.

Repito: é INCRÍVEL como isso se repete.

Lá em casa foi um pouquinho (mas só um pouquinho) diferente.

Mamãe trabalhava feito louca, e não tinha muito mais tempo para os outros do que pra mim, o que camuflava um pouco o meu abandono.

Papai sempre fez a festa com os meus feitos no colégio. Altamente vibrador, quando eu tinha dez anos apostou um engradado de cerveja com um amigo que eu ia passar no Colégio Militar entre os dez primeiros lugares. E isso botava a minha auto-estima lá na estratosfera. E eu, muito sarcástica, adorava quando ele dizia aos outros "siga o exemplo da sua irmã!". Que menina malvada, tsc tsc tsc...

E vovó (sim, porque fui criada morando também com a minha vó) sempre me teve por neta predileta, nunca conseguiu esconder isso (e eu adoraava, é lógico). E ela dava de conta dos mimos que papai e mamãe não tinham tempo de dar...

Esse "pouquinho" não me tirou a organização, a vontade de estudar e a vontade de agradar os outros. Mas me tirou a carência típica de filho mais velho. Não me tirou o senso de responsabilidade pelos meus irmãos, mas me tirou a insegurança e um pouco (só um pouco) da timidez.
Mas em geral, a minha teoria é a seguinte: filhos mais velhos são os mais estudiosos e mais certinhos; os do meio são os mais sociáveis (sempre negociando com pais e irmãos); os caçulas os mais mimados.
Mas toda teoria tem exceção...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Saquinho da Blue Man - Parte I

Depois de quase três anos de casada, mamãe resolveu me devolver umas coisinhas, minhas, só minhas, que ainda estavam por lá.
Não daria pra escrever em cem posts o que tinha nessas caixas.
Vou preparar a mudança pra Sampa e acho que vou levar todas essas coisas na mão, porque o valor delas... é simplemente alto demais...
E hoje escrevo sobre uma pequena parte dessas lembranças. Escrevo sobre uns papéis que estavam acomodados dentro de um saquinho de biquini da Blue Man. O dito saquinho, por sua vez, estava dentro de uma caixa de sapatos, que estava em um lugar qualquer da casa da mamãe.
No saquinho havia cartas. Sim, cartas, pois naquele tempo (e nem faz tanto tempo assim) se escreviam cartas.
A mais antiga, de quando eu fazia a 5ª série, foi escrita em uma página arrancada da minha agenda da época, que tinha na nota de rodapé a seguinte frase: "só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos". Escrita por quem se intitulava "best friend 4ever". No verso, uma foto do Tom Cruise cortada de uma revista.
Um bilhete da mesma amiga, dizendo que eu tinha que ir pra "Mustick" (ê, bons tempos, quando a boate Mucuripe era de fato no Mucuripe, e eu ainda frequentava a matinê de 6 da noite do domingo). Tinha que ir pra Mustick, porque lá era o lugar perfeito pra encontrar o paquera. E num é que aconteceu do jeitim que ela tinha dito? Essa foi a primeira de muitas amigas Larissas que eu tive. E hoje, quando eu penso em um nome de menina para minha futura filha sempre penso em Larissa "porque todas as minhas amigas Larissas são legais!". Ah, ela faz aniversário no dia do meu aniversário de casamento (ou eu casei no dia do aniversário dela?). Ah! E pra onde ela foi esse mês? Pra onde, pra onde?
Duas cartas eram do "Baiano", namorado da minha melhor amiga da 8ª série (essa o mesmo tempo que separou vai unir, em breve, espero que não apenas geograficamente). E a gente se chamava de cunhadinho e cunhadinha. Ele, lá pertinho de pra onde eu tô indo, numa escola militar, escrevendo sobre a saudade dos amigos, e, é claro, sobre a saudade da minha melhor amiga. O envelope era até timbrado com o logo da academia.
Outra carta era na verdade um cartão, de Feliz Natal. Esse era de outra amiga que também tá morando praquelas bandas.
Uma carta de papai, não datada, dizendo o quanto estava triste por eu ter dito que tinha vergonha dele (sim, eu tinha crises de rebeldia).
Uma carta "de mim para mim mesma", em março de um determinado ano, em que eu apenas reclamava da vida e colocava pra fora todos os meus enooormes problemas. Fazer o quê, se pelo menos pra mim eles eram grandes mesmo?
Outra carta "de mim para mim mesma", no 6 de janeiro do ano seguinte, resumindo o ano anterior como "o mais educativo da minha vida". Ah, as coisas que a gente pensa aos quinze anos... Essa não tava escrita a mão, mas sim digitada, em arial 12, provavelmente num dos primeiros computadores que eu tive. E falava do primeiro "fica", dos amigos novos, das amizades retomadas... As coisas tinham mudado bastante desde a carta anterior.
Uma carta da amiga de bsb, falando daquele por quem ela estava apaixonada. Ela ainda amaria ao longo de pelo menos oito anos. Foi pra mim que ela falou pela primeira vez que gostava dele. Ela só o beijaria às vésperas do meu casamento, oito anos depois.
E havia bilhetes, desses assim que a gente escreve despretensiosamente, sem imaginar que um dia eles irão cair no nosso colo, amarelados pelos anos, e nos farão mergulhar tão gostosamente nos tempos idos que não voltam.
E três bilhetes eram daquela melhor amiga da 8ª série. Bilhetes grandes, de folha inteira, com letras garrafais dizendo o quanto me adorava.
Dois bilhetes de um amigo, aspirante a pichador (de cadernos). Letras estilosas, que na época eu com certeza entendia, mas que, hoje, não transparecem mais do que garranchos. Assinatura, logicamente, com o pseudônimo. Identificação da pseudogangue: "servos do espírito". Não me pergunte o que significava isso.
Um bilhete, também de folha inteira, da então mais nova amiga da sala 105 e do Ibeu. Esse era um paratodas (rodava entre várias pessoas), direcionado ao G5 que formava as "Spice Girls" (que breguice, meu Deus!). E eu era uma delas. E a coincidência: essa amiga tá namorando um cara de onde, de onde?

....to be continued

---xxx---


"Alguma coisa acontece no meu coração

Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João..."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pout-porri da saudade

Cinco e quarenta da manhã, voltando do aeroporto, depois de dois dias e meio de alegria, iniciando as três semanas de saudade.
No rádio, Marina, Zélia e Renato se encarregaram da trilha sonora:
"Meu mundo você é quem faz música, letra e dança."
"Num apartamento perdido na cidade, alguém está tentando acreditar que as coisas vão melhorar, ultimamente... Na medida do impossível, tá dando pra se viver na cidade de São Paulo..."
"Veja o sol dessa manhã tão cinza."
E na mudança do rádio pro CD, não podia faltar Fagner:
"Quando penso em você encho os olhos de saudade".

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tolerância Zero

Dia dos Pais.
Almoço no vovô.
Antes, uma incumbência bááásica de mamãe: "minha filha, traga um sorvetim, que num tem nenhuma sobremesa".
Beleza. Lá vou eu com uma enxaqueca federal atrás de dois potes de sorvete. Sim, porque minha família é grande mesmo. Paro na sorveteria e tem duas criaturas-clientes.
Do lado esquerdo, um homenzinho que, definitivamente, não deve conhecer Leite de Rosas.
Do lado direito, uma mulher dos seus cinquenta anos, enoorme, com quatro dedos de raiz preta nos cabelos, um tamanco horroroso e os pés rachados de tão secos. (É, eu tava de péssimo humor).
Daí que a mulher ficou ensebando lá, pediu três picolés de côco. (a essa altura, tinham descido do carro, e se juntado a ela, a filha e a mãe, uma senhorinha muito arrumadinha e muito fofinha, mas que não queria porcaria de picolé diet coisa nenhuma).
A mulher recebeu os picolés, começou a comer e tal. O fedido pediu então um sorvete lá e eu, pra aproveitar que o atendente já tava mesmo com o freezer aberto, pedi os meus.
"- Agora eu acho que o sr. devia atender primeiro quem chegou antes." - disse a doida da raiz preta.
Rapaz, o sangue subiu....
"Como é que eu ia adivinhar que a senhora ainda não tinha terminado? A senhora tá muito estressada, devia ter era vergonha de andar com uma senhora de idade e ficar fazendo confusão por causa dum pote de sorvete!!!!"
Pronto, quando vi já tinha falado. E ainda fiquei resmungando lá. Ela respondeu? Não, óbvio. Deve ter se assustado com a minha rebeldia. Será que ela pensou que eu ia ficar calada? O fedido ficou. Sequer concordou com o que eu fiquei murmurando depois que a doida tinha saído.
Foi-se o tempo em que eu levava desaforo pra casa. Ainda mais com uma enxaqueca como a de hoje... Tive paciência não, viu...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Vaidade


Depois de um mês quase insuportável, longe do maridão e trabalhando de segunda a segunda, nada melhor do que terminar a tarde de trabalho de hoje recebendo do chefão aquele elogio. Ele reuniu a equipe toda, perguntou se nós já tínhamos visto uma notícia de jornal que ele segurava na mão. Ninguém tinha visto ainda.
A notícia tratava da aplicação da Lei Complementar nº 135 (que todo mundo conhece mesmo é como Lei Ficha Limpa). Até hoje à tarde, 110 candidatos tinham sido barrados na porta de entrada para a corrida eleitoral. E desses, 24 eram do Ceará. Número recorde no Brasil.
Nossa... Fiquei orgulhosa demais. E pensei o quanto tinha valido à pena todo o sacrifício.
Depois disso, pausa no trabalho pra despedida de um colega, que, muito chique, agora vai ser Promotor de Justiça.
Lá pelas tantas da despedida, um pequeno clube da luluzinha se formou e as meninas começaram a falar de depilação a laser. Depois uma delas falou de drenagem linfática. Uma segunda disse que drenagem já era: o negócio agora era um tal de "mantos" (sei-nem-como-escreve-isso). Uma terceira falou "que mantos, que nada! agora eu faço 'num-sei-o-quê-shape'". E de repente elas deixaram a festinha pra ir olhar umas fotos de antes e depois... Dessas que a gente só vê em propaganda de clínica de estética.
Mas enfim, distraíram-se lá, a discutir o que era melhor, se a drenagem, o tal do mantos ou o sei-lá-o-quê-shape. Eu, totalmente perdida. Eu, com uma vaidade que se resume a passar um corretivo e um pozinho nos dias de mais olheiras. Saí de fininho. Voltei pra minha sala.
Mal abri a porta e já vi outra colega. "Ainda bem que você chegou, tem um monte de coisa pra resolver".
Ai, que alívio...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mamma Mia


Dia desses eu assisti ao "Mamma Mia", filminho que, pra quem gosta de musicais, é uma excelente pedida. Poucos dias depois, no meu birthday, ganhei a trilha sonora. E tem uma música que simplesmente não sai da minha cabeça. Coloquei o CD no som do carro e essa música dura exatamente o tempo do meu pequeno percurso casa-trabalho.
A Meryl Streep, maravilhosa como sempre, é a amante pela qual o Pierce Brosnan se apaixonou e quem vê a interpretação dela, sério, quase chega a torcer pela amante. No mais, bem, a letra fala por si só:

The Winner Takes It All
ABBA


I don't wanna talk
About the things we've gone through
Though it's hurting me
Now it's history
I've played all my cards
And that's what you've done too
Nothing more to say
No more ace to play

The winner takes it all
The loser standing small
Beside the victory
That's her destiny

I was in your arms
Thinking I belonged there
I figured it made sense
Building me a fence
Building me a home
Thinking I'd be strong there
But I was a fool
Playing by the rules

The gods may throw a dice
Their minds as cold as ice
And someone way down here
Loses someone dear
The winner takes it all
The loser has to fall
It's simple and it's plain
Why should I complain.

But tell me does she kiss
Like I used to kiss you?
Does it feel the same
When she calls your name?
Somewhere deep inside
You must know I miss you
But what can I say
Rules must be obeyed

The judges will decide
The likes of me abide
Spectators of the show
Always staying low
The game is on again
A lover or a friend
A big thing or a small
The winner takes it all

I don't wanna talk
If it makes you feel sad
And I understand
You've come to shake my hand
I apologize
If it makes you feel bad
Seeing me so tense
No self-confidence
But you see
The winner takes it all
The winner takes it all...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A pior hora do dia

Pronto!
Essa é a hora que a saudade dói, que me dá um nó na garganta, que a solidão me massacra. Não pensei nunca que seria tão ruim assim.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Penseira

Pronto, ontem foi um daqueles dias em que quis ter muito uma penseira.
Porque, sério, eu pensei que minha cabeça ia estourar de tanta coisa que eu estava pensando ao mesmo tempo.
Fora as inúmeras tarefas do trabalho (essas eleições estão me matando, e ainda nem chegou o dia da votação), tinha obra em casa, tinha escritura pra lavrar, tinha mudança pra organizar... (não me pergunte como uma pessoa pode estar com um apartamento novo, lavrando a escritura, mas com obra por fazer e uma mudança pra organizar).
Além disso, e aproveitando a onda de Harry Potter, "great things are about to happen". E por causa desses grandes acontecimentos, decisões precisam ser tomadas. E a vida precisa ser organizada.
No fim do dia, nada disso tudo estava resolvido. Mas nada me incomodou tanto quanto não ter podido fazer aquela visita e sentir aquele cheirinho de recém-nascido que anestesia qualquer um.

domingo, 1 de agosto de 2010

Comemorando o aniversário da madrinha

4 anos de idade.
Cabelo cacheado rebelde.
Astúcia que beira a hiperatividade.
Naquele dia, tava indo comemorar o aniversário da madrinha em um restaurante.
Desceu do carro do pai, olhou ao redor, viu uns 50 carros.
Olhou de novo e disse:
"Papai, todos esses carros são pro aniversário da madrinha, é? Ela conhece muita gente, né, papai?"