E aí que eu fui pra São Paulo, mas não calculei o percurso de volta.
Resul: era quarta-feira, dia de rodízio pro nosso carrim, tive que encarar um trenzão, pra começar... Ainda bem que fui só, porque não cabia mais ninguém, impossível, nem o husband.
Pense num Conjunto Ceará-Papicu lotado às 7 horas da manhã. Agora isso aí, multiplique sem nem por quanto. Com o perdão do clichê, você não entra, meu amigo, você é empurrado. Uma falta de respeito t-o-t-a-l.
Depois de pegar o terceiro trem (é, garoto, o primeiro passou direto - como assim? - e o segundo não deu pra entrar), passei uns vinte minutos beeem longos até descer, ou ser empurrada, de novo. Detalhe, isso tudo com uma mala.
Depois, metrô-baldeação-outro metrô.
Rodoviária. Ônibus. A melhor parte do percurso certeza. Até porque avião hoje em dia, vou te contar, pior que ônibus dez vezes. E o que me aguardava estava ES-PE-CI-AL!
Cheguei ao aeroporto. E teve que rolar uma troca de portão, é claro, se não não seria Guarulhos.
Fui pra um daqueles portões de saída de ônibus... Outro ônibus pra ir pro avião...
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Pausa para suspirar: lembrei que vi uma ex-professora minha da faculdade (calma, eu não suspiro pela teacher), que agora é uma-advogada-milionária, e ela tava usando um casaco de couro simplesmente lindo. Não era assim, um couro normal, era trabalhado. Enfim, acho que de fato ela tá meio milionária mesmo.
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Peguei o busão pra ir pro avião (a rima foi sem querer).
Eu, pra variar, só tinha escolhido a cadeira na hora do check in. Não tinha janela, nem corredor. "Mas tudo bem", pensei, como diz o Tiririca, "pior do que tá não fica".
Rá.
E foi aí que a Lei de Murphy bateu o pé e disse: "garota, não vai ser tão fácil assim se livrar de mim, não!".
Óóóóbeeeveeeo que no corredor, no assento ao lado do meu, tinha que ter um senhorzinho assim, de uns 160 quilos. Rapaz, parece mentira. Mas não é. O cara era tão grande que precisou de um extensor pro cinto, pode?
Depois chegou um playboyzim Abercrombie, sentou na janela e dormiu a viagem inteira.
E eu fiquei lá, entalada.
De repente veio o comissário de bordo, todo simpático, mas não era comigo, era com o meu vizinho grandão. "Senhor, o senhor deseja mais alguma coisa, senhor? Infelizmente, senhor, não temos outro assento pra lhe oferecer, senhor, mas o que o senhor estiver precisando, é só pedir, senhor!"
Que solícito! Todo prestativo, politicamente correto com o homenzão, e esquecendo de mim, a esmagada (tudo bem que eu não sou nenhuma olívia palito, mas, poxa, quem tava merecendo outro assento era eu!).
Enfim, desencanei, relaxei e me preparei para a viagem, no maior estilo Joseph Climber.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas...
E ainda tive que aguentar muita, muita turbulência, tipo, uns 40% do tempo de voo.
E você sabia que a palavra "voo" não tem mais acento?
Assento, acento... Podre essa cacofonia...
2 comentários:
Se essa crônica fosse minha, acrescentaria a parte do pânico de voar que me acomete nesses últimos tempos. Por que será, né?! rsrs.
Luciana, quem escreve é a Helyenay. Vi a dica do seu blog no orkut e passei para dar uma olhadinha...muito bom, viu! Parabéns! =D
Obrigada, mulher!!!
:)
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