São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.

sábado, 27 de novembro de 2010

Faltam 11 dias!

Quando eu te encontrar
Biquini Cavadão

Eu já sei o que os meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar

Eu já sei o que meus lábios, vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
E o que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravasar
De demonstrar

Mas nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda a beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar
'É isso que quero fazer
Isso que quero dizer

Eu já sei o que os meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um C
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar0
Vai acabar...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vou de táxi...

E hoje eu pedi um táxi pra ir pro trabalho.
Entro no santana e me deparo com um pequeno ser de metro e meio, usando óculos escuros, bigode e boné, escutando "camas separaaaadaaaas, beijos sem caloooooor, camas separaaaadaaaas, fim do nosso amoooor" (quem canta isso?).
Explico o caminho, o homenzinho vai dirigindo, cantarolando, feliz que só ele, com a mão esquerda batucando no volante, fazendo o relógio balançar, mão direita sobre a marcha.
Começa outra música: "menina veneno, o mundo é pequeno demais pra nós dois". Essa ele sabia mais ainda a letra. E eu também. Já tava quase cantando junto, tive que controlar a minha veia karaokeística.
Termina a música, entra o locutor:
"Um alô pra galera do Jereissati.
Um salve para os ouvintes do Jóquei Clube.
E Cleise Daiane ofereceu esta música para os amigos da.. da...
Atenção... Cleise Daiane ofereceu esta música para os amigos da BUNDS LINGERIE, no Conjunto Ceará. É Bunds Lingerie mesmo..."
Chego ao trabalho, pago o táxi e fico pensando: se eu fosse a dona da Bunds Lingerie, ia abrir uma filial no Papicu.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

2º e 3º dias

Depois de acordar às cinco da manhã de um pesadelo (sonhei que batia de novo o carro do papai).

---xxx---
Stop:
Lembra que falei que o papai tinha me emprestado o carro? Pois é...
Na quinta-feira, um dia antes da viagem, fui procurar o som no porta-luvas e quando vi já tava muito perto de um caminhão. Ia me enfiando embaixo com gosto de gás. Ainda puxei pro lado, mas não deu pra livrar.
Arranhou a lateral direita inteira: quebrou farol, arranhou paralama, vai ter que trocar as portas... Enfim, uma grande M.
Quinze dias de oficina.

---xxx---

E aí que depois que eu acordei do pesadelo o marido acordou também, demoramos a dormir e acordamos bem tarde. Quando saímos, sol já alto - Floripa engana viu, carro-alugado-basicão-sem-ar-foi-freud - o GPS foi, como em todas as viagens sem prévio roteiro, nosso melhor amigo - compramos um gps que vem com o Guia 4 Rodas. E aí tome indicação de restaurante, hotel, ponto turístico, etc.

Mas de vez em quando ele dá umas ratas. Manda entrar em local errado, diz que você chegou ao destino sem ter chegado, manda virar em rua que é contra-mão - em Pirangi do Norte (a cidade do Cajueiro, perto de Natal), dirigimos um bom pedaço até perceber que estávamos no sentido proibido).

Enfim...

GPS nos levou para passear pela Beira-Mar Norte (muito bela) e à Ponte Hercílio Luz, que está sendo reformada:


Depois fomos pra Lagoa da Conceição, e eis que ele faz a primeira barbeiragem - quem sai aos seus não degenera.

"Vire à direita". Acabamos entrando numa ladeira sem saída, antes de onde era o local oficial do mirante para a lagoa. But... esse GPS até quando é burro é inteligente. Num é que o safado levou a gente pra um mirante não oficial que era muito mais massa que o outro? Invadimos um terreno lá, deixamos o carro numa ladeira morrendo de medo do freio de mão não dar conta, mas batemos umas fotos lindas. Olha uma delas:


Depois, demos umas voltas pela lagoa, Barra da Lagoa, passamos pela tal da Praia Mole, mas nem descemos do carro (estava lotadíssima). Depois fomos pra Praia da Joaquina, muito linda e boa pra banho, por sinal.

Depois voltamos pra Lagoa pra almoçar uma tal de sequência em que a gente come camarão de todo jeito: à milanesa, alho e óleo, ao bafo, no molho, etc. Morreeemos de comer em um restaurante com essa vista:


E à noite só lanchinho básico...

3º dia, só descanso: repeat da Praia da Daniela só com pura morgação; Praia do Forte; almocinho em Jurerê; Praia em Jurerê (vento demaais) e descanso...

E c'est fini, porque tudo que é bom dura pouco.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

1º dia (13.11) - tarde e noite

E à tarde...

Praia da Daniela:


Água gelada demais. Tivemos nem coragem de entrar.

Fiquei olhando essa senhora de azul - essa que saiu pequenininha na foto - e me lembrei da mamãe. Fiquei imaginando-a, daqui a alguns anos, levando os netinhos pra praia. Acho que ela vai ficar feliz :)

Depois passamos em Canasvieiras. Não achei muito legal pra banho. É que lá fica o Iate Clube. E aí, já viu: dezenas de barcos, cheirinho de gasolina no ar... Tinha até um trator que entrava no mar. Duvida? Pois olha só:


E aí passamos ainda na Praia de Cachoeira de Bom Jesus - engraçado esse nome, né: "praia de cachoeira"... tô viajando...

Depois em Ponta das Canas, mas nem descemos do carro, porque tava meio lotada.

Pra cumprir tabela, fomos até a Lagoinha de Ponta das Canas. Resolvemos descer do carro, graças a Deus! Que praia massa!!! A água muito transparente, o mar tranquilo, uma encosta de pedras, uma pousada charmosa lá em cima... Tudo lindo. E uma estrutura de barracas razoável - enfim um chuveiro de água doce, porque ficar "breada" de água salgada é o fim!

(eu e a perna cabeluda o meu amado marido na Lagoinha de Ponta das Canas)

At night, fomos comer uma pizza básica (e oficialmente foi-se embora o meu regime). E certamente não mais tomarei vinhos que contenham referências a temas de geografia: Latitud, longitude, Greenwich, meridiano, atlas e por aí vai...

domingo, 14 de novembro de 2010

1º dia (13.11) - manhã

Decidi!

Vou morar em Jurerê Internacional e ponto final

Só falta escolher em qual dessas casas:





Brincadeiras à parte, o marido definiu bem o bairro - que na verdade é um loteamento residencial planejado - "utopia da humanidade".

Explico.

Não que seja necessário morar em casas luxuosas, com jardins belíssimos, portas, janelas e cortinas de novelas, mas morar, no Brasil, em casas assim, sem muros, parece irreal.

E são ruas e mais ruas... Todas assim, com casas no mesmo estilo.
E tudo perto da praia (praia sem as mega barracas de Fortaleza, diga-se de passagem, praticamente inexplorada, muito bonita).

Será que no céu é parecido?

Em Floripa! - Chegada (12/11)

Maridón tinha um congresso em Floripa de segunda a sexta e o que eu fiz, o que eu fiz? Engatei uma passagem na promô da Gol e embarquei em Fortal à tarde.

Passei por Guarulhos. Mas dessa vez foi light. A Gol só me colocou num avião da Varig, me colocou pra embarcar no portão 17 (um daqueles que você tem que pegar aquele ônibus e viajar até o fim do mundo pra pegar o avião) e depois me serviu dezoito gramas de batata frita e duas rosquinhas de côco. Pelo menos eu fui na janela, e não entalada que nem da outra vez.

Cheguei a Floripa. Tava bem frio.

O hotel é o mais fofo ever.

Olha só as escadas iluminadas por velas:




(sorry pela data das fotos - a máquina tava desregulada)

Fui dormir feliz, matando a saudade do meu amor...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sorte

Na semana em que a vovó Maria morreu, fiquei meio anestesiada, grogue. Acho que é normal.

Aí na quinta e na sexta da mesma semana, forças ocultas, como diria o Jânio Quadros, agiram para me tirar do sério. E só o luto pra me fazer passar por essas sem dar muita importância. Mas vamos às histórias.

Episódio I*

Na quinta-feira eu tinha uma consulta às 11h30min. Ia pro trabalho mais cedo, pra poder sair no meio do dia e tal. Saí de casa, passei no vovô pra dar aquele alô básico e me toquei que tinha esquecido os dois celulares (três chips, viu?) em casa.

"Tem nada não, eu volto pra pegar, é perto..."

"Aproveite e bote gasolina, que tá acabando!" - Disse a minha santa mãezinha.

E como eu herdei o semi-alzheimer dela, é óbvio que não passei em casa pra pegar os celulares.

Até me lembrei de colocar combustível, mas me confiei naquela luzinha maldita, sabe, que acende e ainda fica lá, quilômetros e quilômetros? É... mas o meu carro era um 1.0, Deus-meu, e o do papai-que-ele-me-emprestou-com-todo-amor-e-é-uma-máquina é 2.0.

E o resto é fácil deduzir.

Eu já tava derretendo, sem ligar o ar condicionado e aproveitando todas as banguelas (as duas leis de newton para a lisei... para quem está sem muito combustível - ei, mas as leis de newton não eram três?).

Quando faltavam uns cinco quarteirões pro posto, levantei os vidros e larguei o dedão no botão do ar. Foi mais rápido que a luz. Instantaneamente o carro começou a tossir meu amigo**...

E aí, o que eu pensei, o que eu pensei? "Vou ligar pra mamãe!"

Rá!

Como é que liga, sem nenhum dos meus dois celulares? Sem nenhum dos meus três chips? Até então eu nem tinha me tocado que tinha esquecido de voltar pra pegá-los.

A sorte é que, com o perdão do clichê, ainda existe gente boa nesse mundo. Dei o prego em frente a uma lojinha e a dona me emprestou o celular dela pra que eu ligasse, nem deixou eu ligar a cobrar. E aí mamys, minha personal-chapolin-colorado, apareceu com duas garrafas de refrigerante, uma de fanta laranja e outra de fanta uva***, cheinhas de álcool pro papi-móvel.

E pra "encher o tanque" sem derramar álcool na lateral do carro? Nam. Ontem meu santo marido enfim comprou uma flanela, pedaço de pano sagrado que poderia ter me poupado correr feito uma louca atrás de água, depois dessa história toda, pra pintura do carro não ficar manchada.

Depois, respirei e segui meu caminho alegre e contente para sempre, ou pelo menos até o episódio 2.


Episódio 2.

Na sexta a sorte estava virando. Faltou energia quase a tarde toda no trabalho (que disposição, lutty) e eu ia aproveitar pra ir fazer um exame que há séculos tava querendo fazer.

Saí então do trabalho, mas tinha milhares de carros me trancando no estacionamento.

Peguei então uma carona de uma amiga muy querida, que ia passar pertinho da clínica, e programei voltar de táxi e pegar o carro depois.

Quando cheguei ao balcão da clínica, entreguei a requisição e cadê a carteira do plano de saúde, cadê a identidade, cadê T-U-D-O? Tinha deixado a carteira, é, a carteira, grande, com tudo, tudo, dentro, em casa. Por que as mulheres têm que trocar de bolsa? - Eu já disse que herdei o semi-alzheimer da minha mãe (se é que existe herança de pessoa viva)?

A mocinha da recepção, muito boa: "A sra. pode deixar um cheque caução."

Mas como, se eu tinha esquecido a carteira? E putz... Como é que eu ia voltar pra Procuradoria sem dinheiro nenhum... Que m. E das grandes.

But... O Chaves que havia em mim disse: "Não contava com a minha astúcia!"

Mamys, na antevéspera, tinha deixado cair um talão de cheque num hospital pertinho do meu trabalho (vocês duvidaram quando eu disse que ela tinha semi-alzheimer) e justo naquele dia eu tinha ido pegar. E foi nessa sexta-feira que eu falsifiquei o primeiro cheque da minha vida... Ok, prometo ser o único.

Depois, família unida, ai que maravilha... Um primo tava voltando da praia, passou lá onde eu tava fazendo exame e me deixou no trabalho de volta...

Deus meu, obrigada!

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* Será que eu tenho TOC de falar as coisas enumerando?

**Reconheci na hora o prego de gasolina porque esse não foi o primeiro... All right. O primeiro, shame on me, foi por pura liseira mesmo.

*** Lembro dos sabores porque faz oito meses que não tomo nenhum refrigerante (promessa) e fiquei meio hipnotizada por meio segundo quando vi a mamãe chegar. Se aquelas garrafas não estivessem puro a cachaça...

**** (Não volte pra procurar porque não está no texto) Foi mal pelo post gigante. Meu marido diz que sou prolixa. Será?