A Marcele escreve pro Thi dela, a Cris Guerra escreve pro Cisco, a Mita escreve pro "Meu Bem", o Woltony escreve pra Luciana... Seria demais escrever para alguém que ainda não existe, mas que me permeia os pensamentos?
---xxx---
Filhote,
Você ainda não veio ao mundo, é verdade.
Mas não se engane. Não só você já existe, como já faz parte da minha vida - aliás: da nossa vida, minha e do seu pai.
Já é por você que fazemos tanta coisa: já nos preocupamos mais com a nossa saúde (imagine só que a mamis até entrou na academia e quebrou um pé por conta disso); já nos alimentamos melhor; o papai já tem um bom emprego e a mamis está estudando loucamente para arrumar um melhor; já nos preocupamos em formar um patrimônio (e ainda nem chegamos aos 30); enfim, são tantas coisas...
Já muitos são os anos em que imaginamos como você será, e, nos últimos meses, tem sido bastante difícil conseguir controlar os anseios de lhe chamar à nossa companhia.
Mas as dificuldades que se têm apresentado e as mudanças intensas na nossa rotina, filhote, simplesmente vão adiando cada vez mais a sua chegada.
E dá um medo, sabe?
Medo de que, quando a gente finalmente lhe chame, você seja um filhote mimado, cheio de vontade e que faça apenas o que der na telha, deixando-nos de cabelo em pé, sem conseguir lhe ter. E que a gente se desgaste e faça mil tratamentos e passe anos gastando os tubos de dinheiro em clínicas de fertilização para que você possa vir ao mundo.
Dá um medinho também, filhote, que seus bisavós não te vejam nascer, que seus avós não tenham mais tanta saúde para te ver brincar e principalmente para brincar com você (tudo bem que quanto a esse último fator rola uma chantagem emocional pesada da Vovó Fê).
Mas que dá medo, amor, dá.
E dá medo, principalmente, de fazer tantos planos e os planos não darem certo.
Porque, como a mamãe ouviu uma vez alguém dizer, se você quiser contar uma piada para Deus, faça um plano. E essa frase se aplica tão bem para a mamãe e o papai... Por tantos motivos...
Então eu só te peço, filhote, que seja um menino bonzinho, obediente, e que, quando o papai e a mamãe pedirem que você venha nos fazer companhia, você entenda que a demora terá sido pensando em você, meu amor, e não se prolongue em vir alegrar a nossa vida, tudo bem?
Um grande beijo de quem já te ama,
Mamãe.
São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.
sábado, 21 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Obesidade e pé quebrado
O que o husband não usa do plano de saúde eu uso por ele. Nããão, eu não estou doente, nem morrendo.
Mas é que de um ano pra cá começaram a aparecer uns probleminhas e aí o plano de saúde vai já já dar as minhas contas. E plano de saúde caro é pra ser utilizado mesmo, concordam?
No auge do estresse da eleição (época de saudade, tolerância zero e muito trabalho), num belo dia eu me vi indo ao hospital com uma taquicardia, é mole? Com 26 anos de idade? "Tá tudo errado", eu pensei... Primeira ordem do médico: "perca peso". Segunda: "faça uma atividade física". Terceira: "trabalhe menos".
Ok, doctor. Suas ordens são ordens.
Diminuí as horas extras - leia-se "parei de trabalhar aos domingos".
Procurei uma nutricionista e uma endocrinologista. Surprise!!! Eu já tinha entrado na faixa dos obesos - meu IMC estava 32.
Pense no choque. Porque eu sabia que não estava mais só uma gordinha - estava gorda. Gorda mesmo. Mas como sempre tive pernão, bundão, peitão, e a cintura proporcionalmente mais fina, dava aquela disfarçada. E acabava que me iludia um pouco.
Mas a balança, baby, não se ilude, e, principalmente, não te engana!
Passada a fase epifânico-depressiva-maysa-meu-mundo-caiu, comecei o regime, mas não tinha tempo para os exercícios. Ok, not so bad, uma coisa de cada vez.
Isso tudo foi em outubro do ano passado.
Após todas as mudanças que quem lê o blog acompanhou, em março desse ano eu comecei a academia (engraçado que aqui em São Paulo eles falham "treinar", enquanto em Fortaleza se fala "malhar" - lá você treina boxe, vôlei, futebol, etc, enfim, treina para uma competição!).
No final de março eu já contabilizava 12 quilos a menos. Em abril eu completei um mês de academia (algo inédito).
Ia fazer uma geral nos médicos: marcar o retorno da endócrino, a consulta com o cardiologista num hospital bonzão daqui, um procedimento a laser com o oftalmo pra corrigir uma falhas que tenho na retina (pra prevenir descolamento), otorrino (pense nas crises de alergia com essa poluição desgraçada daqui), dentista (porque hipocondríaco que é hipocondríaco num deixa escapar nem o tártaro). Aliás, pense na satisfação em morar no lugar que tem os melhores médicos do país!).
Mas aí do nada começou a aparecer uma dor federal no meu pé direito.
Raio X: nenhuma alteração.
Ressonância magnética ("um exagero", na opinião do marido, do professor da academia, da mãe, de todo mundo): fratura de estresse. "É, né... Porque, se tivesse quebrado, você nem conseguiria andar! E, além do mais, apareceria no Raio-X!" Ah tá...
Resul: 20, VINTE! Sessões de fisioterapia, já que eu não tenho nada pra fazer, nada pra estudar, ah meu Deus. Pelo menos não precisou engessar.
Só pra terminar, fratura de estresse, ao contrário do que eu pensei quando abri o exame (vai dizer que tu também num abre? nem o hemograma?), não é causada pelo estresse psicológico (santa ignorância), mas sim pelo esforço repetitivo sobre o osso, ou sobre a musculatura que o reveste, e esta descarrega o impacto sobre o osso, que fica com microfissuras, que, exatamente por serem micro, não são detectadas na radiografia, mas apenas na ressonância. E é muito comum em indivíduos sedentários que iniciam uma atividade física (Rá!). Quem me explicou tudo isso foi o GOOOOGLE! E eu amo a difusão da informação!
Mas é que de um ano pra cá começaram a aparecer uns probleminhas e aí o plano de saúde vai já já dar as minhas contas. E plano de saúde caro é pra ser utilizado mesmo, concordam?
No auge do estresse da eleição (época de saudade, tolerância zero e muito trabalho), num belo dia eu me vi indo ao hospital com uma taquicardia, é mole? Com 26 anos de idade? "Tá tudo errado", eu pensei... Primeira ordem do médico: "perca peso". Segunda: "faça uma atividade física". Terceira: "trabalhe menos".
Ok, doctor. Suas ordens são ordens.
Diminuí as horas extras - leia-se "parei de trabalhar aos domingos".
Procurei uma nutricionista e uma endocrinologista. Surprise!!! Eu já tinha entrado na faixa dos obesos - meu IMC estava 32.
Pense no choque. Porque eu sabia que não estava mais só uma gordinha - estava gorda. Gorda mesmo. Mas como sempre tive pernão, bundão, peitão, e a cintura proporcionalmente mais fina, dava aquela disfarçada. E acabava que me iludia um pouco.
Mas a balança, baby, não se ilude, e, principalmente, não te engana!
Passada a fase epifânico-depressiva-maysa-meu-mundo-caiu, comecei o regime, mas não tinha tempo para os exercícios. Ok, not so bad, uma coisa de cada vez.
Isso tudo foi em outubro do ano passado.
Após todas as mudanças que quem lê o blog acompanhou, em março desse ano eu comecei a academia (engraçado que aqui em São Paulo eles falham "treinar", enquanto em Fortaleza se fala "malhar" - lá você treina boxe, vôlei, futebol, etc, enfim, treina para uma competição!).
No final de março eu já contabilizava 12 quilos a menos. Em abril eu completei um mês de academia (algo inédito).
Ia fazer uma geral nos médicos: marcar o retorno da endócrino, a consulta com o cardiologista num hospital bonzão daqui, um procedimento a laser com o oftalmo pra corrigir uma falhas que tenho na retina (pra prevenir descolamento), otorrino (pense nas crises de alergia com essa poluição desgraçada daqui), dentista (porque hipocondríaco que é hipocondríaco num deixa escapar nem o tártaro). Aliás, pense na satisfação em morar no lugar que tem os melhores médicos do país!).
Mas aí do nada começou a aparecer uma dor federal no meu pé direito.
Raio X: nenhuma alteração.
Ressonância magnética ("um exagero", na opinião do marido, do professor da academia, da mãe, de todo mundo): fratura de estresse. "É, né... Porque, se tivesse quebrado, você nem conseguiria andar! E, além do mais, apareceria no Raio-X!" Ah tá...
Resul: 20, VINTE! Sessões de fisioterapia, já que eu não tenho nada pra fazer, nada pra estudar, ah meu Deus. Pelo menos não precisou engessar.
Só pra terminar, fratura de estresse, ao contrário do que eu pensei quando abri o exame (vai dizer que tu também num abre? nem o hemograma?), não é causada pelo estresse psicológico (santa ignorância), mas sim pelo esforço repetitivo sobre o osso, ou sobre a musculatura que o reveste, e esta descarrega o impacto sobre o osso, que fica com microfissuras, que, exatamente por serem micro, não são detectadas na radiografia, mas apenas na ressonância. E é muito comum em indivíduos sedentários que iniciam uma atividade física (Rá!). Quem me explicou tudo isso foi o GOOOOGLE! E eu amo a difusão da informação!
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