São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

F5

E a louca que posta neste blog teve um mês, digamos, sui generis.
Com muletas, bota, etc, o regime era de reclusão.
Mas ela tinha uma prova pra fazer em João Pessoa, dia 12. E aí, dia 10, com uma mochila nas costas, foi pra Recife e de lá foi de carro, no sábado, pra Jampa. Pro aeroporto foram ela e seu amor juntos - ele tinha comprado há tempos passagem pra Fortal: iriam passar o Dia dos Namorados separados.
Lá no aeroporto de Guarulhos, como o embarque não foi no finger (aquela passarela de embarque que desemboca direto dentro do avião), os funcionários a levaram (numa cadeira de rodas) e a colocaram num veículo chamado "ambulift", que é um ônibus pequeno com elevador, de onde você sai e entra pela outra porta do avião (pelo outro lado - pela "cozinha"). Foi uma experiência bem diferente. E a louca achou vantagem estar com aquele pé daquele jeito. Afinal, quem você conhece que já andou num "ambulift"? E até conversou com o outro "transportado" - que fizera cirurgia (rompera os tendões - uuui!). E ficou altamente chateada de não estar com a câmera. E prometeu a si mesma que compraria um celular de vergonha quando o seu quebrasse.
Pois é. E aí ela foi fazer a prova. Horrível. Não pelas rampas horrorosas que teve que subir nem pelo fato de ter ficado com a pele assada da fricção das muletas (axilares, never more!). Mas porque foi muito difícil mesmo. Ph... com PH maiúsculo.
E da prova passou direto pro aeroporto de Recife e teve que vir foi pra Fortaleza ver o avô, que tava so bad, e acabou descansando poucos dias depois.
O marido veio pra missa de 7º dia do avô. Passou mal e a médica disse que era virose. E o outro médico disse que era hepatite. E até que enfim no ultrassom apareceram várias pedras na vesícula. E uma pedrinha safada saiu da vesícula e foi prum canal biliar sei lá das quantas.
E a esposa frouxa que tava com medo da faca viu o husband entrar no bisturi assim, da noite pro dia, antes dela.
E a mesma esposa - sim, a blogueira louca - talvez nem precise entrar na faca, pois um outro médico - nem ela aguenta mais tantos médicos - disse que a sua fratura já está consolidada.
E agora ela está em Fortaleza, esperando o marido ficar bom, com pena das camélias que deixou na varanda do ap em Osacity, que vão ficar sem água, as bichinhas, mas achando bom esse mês de matança de banzo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pé quebrado II

Pois é...
Meu pé continuava doendo, mesmo depois da fisio. Médico de pronto-socorro me mandou parar de ir a médicos de pronto-socorro (oi? precisava?). E eu fui finalmente a um ortopedista especializado em fratura no pé.
O carniceiro médico falou que talvez tenha que operar, porque a fratura é antiga (dois meses). Mas achou exagero operar antes de fazer uma última tentativa de "colar" o osso. E me mandou usar uma bota imobilizadora e muletas.
Acontece que a minha aula é na última sala do último andar do último bloco da faculdade.
E andar de muletas é cruel, viu? Agora eu entendo o que a minha avó quer dizer quando diz que "fulano sofre mais que 'suvaco' de aleijado". E além disso o lado que não tá podre sofre com a sobrecarga: dói joelho, dói calcanhar...
Então eu adiei o máximo que pude o retorno às aulas. Mas ontem... não deu. Tive que ir.
1º obstáculo -- Por que ninguém respeita a vaga de deficiente? O husband não conseguiu parar em frente à faculdade porque tinha uma criatura com pisca alerta lá, ligado, fazendo hora...
2º obstáculo -- Por que as pessoas fazem rampas tão íngremes? Desci do carro, depois desci a rampa pra falar com o segurança pra ele abrir o portão pro meu marido entrar com o carro.
3º obstáculo -- O segurança primeiro disse que ele podia entrar na faculdade com o carro, depois disse que não, porque as vagas de deficiente já estavam reservadas (?) Quase eu infarto de raiva. Depois de eu dizer pra ele que eu também tinha direito a uma das vagas, já que estava com a mobilidade reduzida, e que ele ia ter que abrir o portão, ele abriu e finalmente conseguiu uma cadeira de rodas pra mim. E esse tempo todo eu lá, em pé, num pé só, de muletas.
4º obstáculo -- Um piso totalmente irregular até o elevador, e a gente tendo que tomar o maior cuidado pra eu não cair da cadeira.
5º obstáculo -- Elevador quebrado! Rá! Husband então me deixou ao lado da escada e subiu pra tentar conseguir os DVDs da aula (que é via satélite) pra mim. A secretária disse que não podia, pois só fornecia em caso de interrupção do sinal do satélite. Rá rá rá! Não dá vontade de matar? Mas o meu amorzinho, com uma educação e uma paciência que eu não tenho, simplesmente perguntou à moça: "Ah, é? Então providencie outra forma pra que ela possa subir e assistir à aula." Por que eu não sou assim?
Resultado - óbvio que ela não ia me carregar nos braços (e sabe que no tempo em que eu tava lá no térreo, esperando o husband voltar, dois rapazes perguntaram se eu tava precisando subir? Deus abençoe aquelas duas almas caridosas!). Então vai ter que se virar - "mas não garanto nada..." ela disse... jesuis...
E voltei pro carro, meu maridim empurrando a cadeira de rodas (e o povo olhando, uma comédia - imagine quem é cadeirante de verdade).
E é isso, people, rezem por mim, pra eu não ter que entrar na faca, porque eu tô me pelando de medo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Obesidade e pé quebrado

O que o husband não usa do plano de saúde eu uso por ele. Nããão, eu não estou doente, nem morrendo.
Mas é que de um ano pra cá começaram a aparecer uns probleminhas e aí o plano de saúde vai já já dar as minhas contas. E plano de saúde caro é pra ser utilizado mesmo, concordam?
No auge do estresse da eleição (época de saudade, tolerância zero e muito trabalho), num belo dia eu me vi indo ao hospital com uma taquicardia, é mole? Com 26 anos de idade? "Tá tudo errado", eu pensei... Primeira ordem do médico: "perca peso". Segunda: "faça uma atividade física". Terceira: "trabalhe menos".
Ok, doctor. Suas ordens são ordens.
Diminuí as horas extras - leia-se "parei de trabalhar aos domingos".
Procurei uma nutricionista e uma endocrinologista. Surprise!!! Eu já tinha entrado na faixa dos obesos - meu IMC estava 32.
Pense no choque. Porque eu sabia que não estava mais só uma gordinha - estava gorda. Gorda mesmo. Mas como sempre tive pernão, bundão, peitão, e a cintura proporcionalmente mais fina, dava aquela disfarçada. E acabava que me iludia um pouco.
Mas a balança, baby, não se ilude, e, principalmente, não te engana!
Passada a fase epifânico-depressiva-maysa-meu-mundo-caiu, comecei o regime, mas não tinha tempo para os exercícios. Ok, not so bad, uma coisa de cada vez.
Isso tudo foi em outubro do ano passado.
Após todas as mudanças que quem lê o blog acompanhou, em março desse ano eu comecei a academia (engraçado que aqui em São Paulo eles falham "treinar", enquanto em Fortaleza se fala "malhar" - lá você treina boxe, vôlei, futebol, etc, enfim, treina para uma competição!).
No final de março eu já contabilizava 12 quilos a menos. Em abril eu completei um mês de academia (algo inédito).
Ia fazer uma geral nos médicos: marcar o retorno da endócrino, a consulta com o cardiologista num hospital bonzão daqui, um procedimento a laser com o oftalmo pra corrigir uma falhas que tenho na retina (pra prevenir descolamento), otorrino (pense nas crises de alergia com essa poluição desgraçada daqui), dentista (porque hipocondríaco que é hipocondríaco num deixa escapar nem o tártaro). Aliás, pense na satisfação em morar no lugar que tem os melhores médicos do país!).
Mas aí do nada começou a aparecer uma dor federal no meu pé direito.
Raio X: nenhuma alteração.
Ressonância magnética ("um exagero", na opinião do marido, do professor da academia, da mãe, de todo mundo): fratura de estresse. "É, né... Porque, se tivesse quebrado, você nem conseguiria andar! E, além do mais, apareceria no Raio-X!" Ah tá...
Resul: 20, VINTE! Sessões de fisioterapia, já que eu não tenho nada pra fazer, nada pra estudar, ah meu Deus. Pelo menos não precisou engessar.
Só pra terminar, fratura de estresse, ao contrário do que eu pensei quando abri o exame (vai dizer que tu também num abre? nem o hemograma?), não é causada pelo estresse psicológico (santa ignorância), mas sim pelo esforço repetitivo sobre o osso, ou sobre a musculatura que o reveste, e esta descarrega o impacto sobre o osso, que fica com microfissuras, que, exatamente por serem micro, não são detectadas na radiografia, mas apenas na ressonância. E é muito comum em indivíduos sedentários que iniciam uma atividade física (Rá!). Quem me explicou tudo isso foi o GOOOOGLE! E eu amo a difusão da informação!