São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

F5

E a louca que posta neste blog teve um mês, digamos, sui generis.
Com muletas, bota, etc, o regime era de reclusão.
Mas ela tinha uma prova pra fazer em João Pessoa, dia 12. E aí, dia 10, com uma mochila nas costas, foi pra Recife e de lá foi de carro, no sábado, pra Jampa. Pro aeroporto foram ela e seu amor juntos - ele tinha comprado há tempos passagem pra Fortal: iriam passar o Dia dos Namorados separados.
Lá no aeroporto de Guarulhos, como o embarque não foi no finger (aquela passarela de embarque que desemboca direto dentro do avião), os funcionários a levaram (numa cadeira de rodas) e a colocaram num veículo chamado "ambulift", que é um ônibus pequeno com elevador, de onde você sai e entra pela outra porta do avião (pelo outro lado - pela "cozinha"). Foi uma experiência bem diferente. E a louca achou vantagem estar com aquele pé daquele jeito. Afinal, quem você conhece que já andou num "ambulift"? E até conversou com o outro "transportado" - que fizera cirurgia (rompera os tendões - uuui!). E ficou altamente chateada de não estar com a câmera. E prometeu a si mesma que compraria um celular de vergonha quando o seu quebrasse.
Pois é. E aí ela foi fazer a prova. Horrível. Não pelas rampas horrorosas que teve que subir nem pelo fato de ter ficado com a pele assada da fricção das muletas (axilares, never more!). Mas porque foi muito difícil mesmo. Ph... com PH maiúsculo.
E da prova passou direto pro aeroporto de Recife e teve que vir foi pra Fortaleza ver o avô, que tava so bad, e acabou descansando poucos dias depois.
O marido veio pra missa de 7º dia do avô. Passou mal e a médica disse que era virose. E o outro médico disse que era hepatite. E até que enfim no ultrassom apareceram várias pedras na vesícula. E uma pedrinha safada saiu da vesícula e foi prum canal biliar sei lá das quantas.
E a esposa frouxa que tava com medo da faca viu o husband entrar no bisturi assim, da noite pro dia, antes dela.
E a mesma esposa - sim, a blogueira louca - talvez nem precise entrar na faca, pois um outro médico - nem ela aguenta mais tantos médicos - disse que a sua fratura já está consolidada.
E agora ela está em Fortaleza, esperando o marido ficar bom, com pena das camélias que deixou na varanda do ap em Osacity, que vão ficar sem água, as bichinhas, mas achando bom esse mês de matança de banzo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pé quebrado II

Pois é...
Meu pé continuava doendo, mesmo depois da fisio. Médico de pronto-socorro me mandou parar de ir a médicos de pronto-socorro (oi? precisava?). E eu fui finalmente a um ortopedista especializado em fratura no pé.
O carniceiro médico falou que talvez tenha que operar, porque a fratura é antiga (dois meses). Mas achou exagero operar antes de fazer uma última tentativa de "colar" o osso. E me mandou usar uma bota imobilizadora e muletas.
Acontece que a minha aula é na última sala do último andar do último bloco da faculdade.
E andar de muletas é cruel, viu? Agora eu entendo o que a minha avó quer dizer quando diz que "fulano sofre mais que 'suvaco' de aleijado". E além disso o lado que não tá podre sofre com a sobrecarga: dói joelho, dói calcanhar...
Então eu adiei o máximo que pude o retorno às aulas. Mas ontem... não deu. Tive que ir.
1º obstáculo -- Por que ninguém respeita a vaga de deficiente? O husband não conseguiu parar em frente à faculdade porque tinha uma criatura com pisca alerta lá, ligado, fazendo hora...
2º obstáculo -- Por que as pessoas fazem rampas tão íngremes? Desci do carro, depois desci a rampa pra falar com o segurança pra ele abrir o portão pro meu marido entrar com o carro.
3º obstáculo -- O segurança primeiro disse que ele podia entrar na faculdade com o carro, depois disse que não, porque as vagas de deficiente já estavam reservadas (?) Quase eu infarto de raiva. Depois de eu dizer pra ele que eu também tinha direito a uma das vagas, já que estava com a mobilidade reduzida, e que ele ia ter que abrir o portão, ele abriu e finalmente conseguiu uma cadeira de rodas pra mim. E esse tempo todo eu lá, em pé, num pé só, de muletas.
4º obstáculo -- Um piso totalmente irregular até o elevador, e a gente tendo que tomar o maior cuidado pra eu não cair da cadeira.
5º obstáculo -- Elevador quebrado! Rá! Husband então me deixou ao lado da escada e subiu pra tentar conseguir os DVDs da aula (que é via satélite) pra mim. A secretária disse que não podia, pois só fornecia em caso de interrupção do sinal do satélite. Rá rá rá! Não dá vontade de matar? Mas o meu amorzinho, com uma educação e uma paciência que eu não tenho, simplesmente perguntou à moça: "Ah, é? Então providencie outra forma pra que ela possa subir e assistir à aula." Por que eu não sou assim?
Resultado - óbvio que ela não ia me carregar nos braços (e sabe que no tempo em que eu tava lá no térreo, esperando o husband voltar, dois rapazes perguntaram se eu tava precisando subir? Deus abençoe aquelas duas almas caridosas!). Então vai ter que se virar - "mas não garanto nada..." ela disse... jesuis...
E voltei pro carro, meu maridim empurrando a cadeira de rodas (e o povo olhando, uma comédia - imagine quem é cadeirante de verdade).
E é isso, people, rezem por mim, pra eu não ter que entrar na faca, porque eu tô me pelando de medo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Obesidade e pé quebrado

O que o husband não usa do plano de saúde eu uso por ele. Nããão, eu não estou doente, nem morrendo.
Mas é que de um ano pra cá começaram a aparecer uns probleminhas e aí o plano de saúde vai já já dar as minhas contas. E plano de saúde caro é pra ser utilizado mesmo, concordam?
No auge do estresse da eleição (época de saudade, tolerância zero e muito trabalho), num belo dia eu me vi indo ao hospital com uma taquicardia, é mole? Com 26 anos de idade? "Tá tudo errado", eu pensei... Primeira ordem do médico: "perca peso". Segunda: "faça uma atividade física". Terceira: "trabalhe menos".
Ok, doctor. Suas ordens são ordens.
Diminuí as horas extras - leia-se "parei de trabalhar aos domingos".
Procurei uma nutricionista e uma endocrinologista. Surprise!!! Eu já tinha entrado na faixa dos obesos - meu IMC estava 32.
Pense no choque. Porque eu sabia que não estava mais só uma gordinha - estava gorda. Gorda mesmo. Mas como sempre tive pernão, bundão, peitão, e a cintura proporcionalmente mais fina, dava aquela disfarçada. E acabava que me iludia um pouco.
Mas a balança, baby, não se ilude, e, principalmente, não te engana!
Passada a fase epifânico-depressiva-maysa-meu-mundo-caiu, comecei o regime, mas não tinha tempo para os exercícios. Ok, not so bad, uma coisa de cada vez.
Isso tudo foi em outubro do ano passado.
Após todas as mudanças que quem lê o blog acompanhou, em março desse ano eu comecei a academia (engraçado que aqui em São Paulo eles falham "treinar", enquanto em Fortaleza se fala "malhar" - lá você treina boxe, vôlei, futebol, etc, enfim, treina para uma competição!).
No final de março eu já contabilizava 12 quilos a menos. Em abril eu completei um mês de academia (algo inédito).
Ia fazer uma geral nos médicos: marcar o retorno da endócrino, a consulta com o cardiologista num hospital bonzão daqui, um procedimento a laser com o oftalmo pra corrigir uma falhas que tenho na retina (pra prevenir descolamento), otorrino (pense nas crises de alergia com essa poluição desgraçada daqui), dentista (porque hipocondríaco que é hipocondríaco num deixa escapar nem o tártaro). Aliás, pense na satisfação em morar no lugar que tem os melhores médicos do país!).
Mas aí do nada começou a aparecer uma dor federal no meu pé direito.
Raio X: nenhuma alteração.
Ressonância magnética ("um exagero", na opinião do marido, do professor da academia, da mãe, de todo mundo): fratura de estresse. "É, né... Porque, se tivesse quebrado, você nem conseguiria andar! E, além do mais, apareceria no Raio-X!" Ah tá...
Resul: 20, VINTE! Sessões de fisioterapia, já que eu não tenho nada pra fazer, nada pra estudar, ah meu Deus. Pelo menos não precisou engessar.
Só pra terminar, fratura de estresse, ao contrário do que eu pensei quando abri o exame (vai dizer que tu também num abre? nem o hemograma?), não é causada pelo estresse psicológico (santa ignorância), mas sim pelo esforço repetitivo sobre o osso, ou sobre a musculatura que o reveste, e esta descarrega o impacto sobre o osso, que fica com microfissuras, que, exatamente por serem micro, não são detectadas na radiografia, mas apenas na ressonância. E é muito comum em indivíduos sedentários que iniciam uma atividade física (Rá!). Quem me explicou tudo isso foi o GOOOOGLE! E eu amo a difusão da informação!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Planos?

Outro dia eu tava assistindo ao Altas Horas e o Humberto Gessinger, do Engenheiros do Hawaí, disse uma frase que me fez ficar pensando sobre o assunto dias: "Se você quiser contar uma piada pra Deus, faça planos".

A gente veio passar a Semana Santa em Fortaleza, e anteontem eu passei em frente à Procuradoria (onde eu trabalhava até dezembro) e vi como essa frase se encaixa na minha vida.

Em 2004, quando eu fiz o concurso pro meu atual emprego (esse de que estou licenciada), o concurso era nacional e eu não tive pontuação pra passar pra Fortaleza. Acabei me classificando pra São Paulo. À época, como já era concursada em outro órgão, até achava que nem assumiria o novo, porque teria que me mudar pra SP e tudo mais.

Mas quando fui chamada, consegui uma pessoa para trocar comigo (ela iria de Fortal pra SP e eu o contrário) e, resumindo a história - graças à intercessão de Nossa Senhora Aparecida (e isso daria um outro post, certeza) -- em setembro de 2005 fui nomeada, no dia 12 de outubro viajei pra São Paulo e no dia 13 assumi; dia 20 de dezembro do mesmo ano estava de volta, para passar o Natal; dia 27 de dezembro a minha permuta já estava deferida e eu já podia começar a trabalhar em Fortaleza.

Para quem não é do serviço público federal, pode parecer algo simples, mas para quem conhece um pouco dos concursos e do serviço público, é fácil saber o quanto é difícil uma remoção para Fortaleza.

O fato é que eu tinha conseguido e estava muito feliz com tudo aquilo: salário dobrado, emprego federal, casamento sendo planejado, enfim, tudo perfeito.

Os anos passaram, fomos fazendo os nossos planos.

Casamos em 2007, compramos um apartamento em 2008, planejávamos um filho pra 2009... enfim, tudo corria normalmente.

Mas... como a frase do Humberto lá do começo do post disse, começou a piada:

1 - Resolvemos que o husband ia sair do job dele pra estudar pro concurso que queria - adia o menino (tem coisa pra dar mais despesa do que filho?).

2 - A construtora atrasou a entrega do apartamento - adia a mudança e enche o saco da sogra (a gente tava morando lá) por um ano e nove meses, e não por seis meses, como combinado no início - AH! Adia o menino também.

3 - Marido passou! Eba! Mudança pra Osacity (ainda bem, porque podia ser pra lugares bem inóspitos, no interior do interior do país). Ele foi em julho de 2011. Resultado: só morou 6 meses no ap novo. Eu ainda fiquei por lá mais dois meses. Depois fui pra casa da mamãe (meses que renderiam outros posts hilários) e me mudei pra Osa em dezembro.


4 - Resolvemos que, dessa vez, eu ia ficar só estudando: desperdiça a sorte de 2005, e, e, e adia o menino!!!


Pois é (os paulistas diriam "então" - eles falam muito essa palavra, ah, e falam também um palavrão, aquele "fud**" como se fosse uma palavra normal, em todas as suas variações linguísticas)... Mas eu sou cearense e falo "pois é".

Pois é. Só fazem quatro meses. Mas já tenho pressa de passar em outro concurso. Tenho pressa de voltar a trabalhar. Tenho pressa de voltar a ter capacidade econômica. Tenho pressa de voltar pra Fortaleza.

A maior das pressas não precisa ser dita.

A maior das pressas é talvez a única que faça sentido.



*Ilustração - janamagalhaes.com.br

quinta-feira, 31 de março de 2011

Fortaleza e Recife

E aí eu andei sumida, né?

Fui pra Fortaleza, terra de quentura-praia-camarão-família-tudo-de-bom.

Era o aniversário da de cabelos rebeldes, que não estava de cabelos rebeldes, mas sim arrumadíssima, como uma verdadeira semi-debutante, no auge de seus cinco anos de idade, de cabelos devidamente escovados e pranchados.

E pra fazê-la entender que aquele dia era apenas o da comemoração, e não o do aniversário propriamente dito?

E quando ela perguntou pro pai(concurseiro-bitolado-que-não-vai-a-nenhum-evento), dias antes:

- Pai, o senhor vai pro meu aniversário?
- Claro, minha filha! Por que o papai não iria?
- O senhor num vai ficar em casa estudando não?

Me diz aí se pode um negócio desses?! Ê vida difícil essa nossa.

E por falar em concurso, dia 26 fui pra Recife fazer prova: mais uma para o meu currículo de: "fiz o perfil, mas não vai dar pra entrar".

All right, outros concursos virão. Aos menos concursos estaduais, já que a digníssima Presidenta resolveu nos deprimir ainda mais suspendendo (será que suspende mesmo?) os concursos federais.

Na segunda eu fui assistir aula - bendito sejam os cursos via satélite, que nos permitem assistir aula em inúmeros locais do Brasil! - e uma criatura que eu nunca tinha visto na vida (até porque eu nunca tinha assistido aula naquela unidade do curso) me perguntou se eu poderia gravar num pendrive para ela as aulas de quinta e sexta da semana anterior.

Acontece que eu sou perfeccionista com o meu caderno. #Fato. Na faculdade, ou melhor, desde o colégio, o meu caderno era aquele que o povo pedia pra bater cópia, sabe? Então tipo assim, eu CON-FES-SO: eu tenho ciúme do meu caderno!!!!! E podem me chamar de nerd, de egoísta, do escambau. F$#a-se. Por causa de peninha que eu já tive de um colega da faculdade, que tinha ficado de final e me implorou pra tirar cópia do caderno de Direito Empresarial, até hoje eu espero que ele me devolva esse caderno, que era uma relíquia.

Mas enfim, na hora que essa menina me pediu, os anjos do céu tocaram as harpas, Nossa Senhora desceu lá de onde ela tava, Jesus disse Amém, sei lá. Eu simplesmente calei, peguei o pendrive e copiei pra ela. Claro, copiar os arquivos não ia me prejudicar em nada, afinal, não tinha perigo de eu perder o arquivo. Mas diz aí se não foi muita cara-de-pau dela, sem nunca nem ter me visto???

O pior foi que quando eu devolvi o pendrive ELA NEM ME AGRADECEU. Tava conversando com umas outras amigas (às quais ela poderia ter pedido, não pediu os arquivos), e só depois disse um "ah, valeu". Mermão, valeu não é obrigado!

Mas tudo que Deus faz é bem feito.

Fiquei alguns minutos ruminando silenciosamente a minha raiva, até lembrar de uma coisa que tinha acontecido exatamente uma semana antes: meu netbook tinha travado, simplesmente do nada, e o último backup que eu tinha feito das aulas tinha sido há mais de um mês. Eu fiquei louca, neam? Tentei de tudo, mas nada deu certo. Chorei feito uma desesperada, com medo de perder o quê, o quê? As minhas TÃO PRECIOSAS ANOTAÇÕES.

No auge do desespero, pedi a Deus que fizesse o computador funcionar, que eu assumiria o compromisso de fazer alguma caridade a um completo desconhecido, alguma coisa que ele me mostraria, na hora certa, que não seria eu a escolher (aham, já deu pra imaginar, né). É que eu suspendi por um tempo as promessas (v. post da coca-cola). E então não prometi nada concreto.

Pois é. Deus tinha colocado aquela sem noção (é, porque ela é sem noção mesmo) no meu caminho pra que eu pudesse cumprir a minha "promessa". E usou justamente o que pra mim tinha sido o mais precioso: as minhas anotaçõezinhas tão bonitinhas.

Agora já pensou se eu tivesse negado o que a menina tinha me pedido?

quarta-feira, 2 de março de 2011

1 ano sem refri

No dia 25 de fevereiro do ano passado, saiu o resultado do concurso do meu amado marido.

Acordei, assim como nos dias anteriores, com o barulho do estabilizador do computador. Imaginei que ele já estava sentado na cadeira, tentando ver se o resultado tinha saído no Diário Oficial da União daquele dia. "Saiu, amor!!!"

Dei um pulo da cama e corri pro gabinete - pausa dramática: ai que saudade do nosso apartamento... - Ele tava passando mal, mesmo. Coloquei a mão no peito dele e estava aos pulos, nunca tinha visto daquele jeito. Na primeira fase, ele tinha ficado entre as últimas vagas, não podia cair mais do que 15, 20 posições.

Mas quando a gente viu o resultado da 2ª fase lá estava ele, bem acima, tinha subido mais de 200 posições... Ai, foi um alívio e uma felicidade sem tamanho. Depois de tanto sacrifício, tanto tempo sem trabalhar, tantos estresses... Ele merecia! E eu também!

Mas enfim, o que o refrigerante tem a ver com tudo isso?

É que, se ele passasse, teríamos que cumprir algumas promessas que tínhamos feito a Nossa Senhora Aparecida. Uma delas era visitar a Basílica, em Aparecida do Norte, o que fizemos recentemente, quando os meus sogros vieram a Osacity, em dezembro. Olha a foto que tirei:

(essa é a imagem original de Nossa Senhora Aparecida, achada nas águas do Rio Paraíba)

E outra promessa, a que explica o título deste post, foi a de que ficaríamos um ano sem beber nenhum refrigerante. Nenhum mesmo. E aí entrava coca-cola, guaraná (até kuat, aquela porcaria), fanta uva, laranja, etc, e essas águas com corante, tipo H2O, Aquarius...
Dia 28 de fevereiro do ano passado fizemos a nossa despedida.
Um ano se passou e o dia da glória chegou:


Vale ressaltar que as coquinnhas estavam devidamente dormidas, ou seja, foram compradas com antecedência, e ficaram descansando em berço esplêndido, na geladeira, pra ficar no ponto.

Quando cheguei da aula fomos rezar o terço, pra agradecer esse ano MA-RA-VI-LHO-SO que Deus nos deu, com a intercessão de Nossa Senhora, e depois fomos nos preparar para esse momento de emoção.

Algumas pessoas me perguntaram por que eu não ficava logo sem beber de uma vez, já que tinha ficado um ano sem beber. Porque eu não quero, oras! E porque acho que, com moderação, não irá me fazer mal! Mal faz é cigarro, cachaça... E olha que uma das pessoas que me "aconselhou" a parar de beber refri bebe (bebiba alcóolica) quase todo dia.

Outra me disse que isso não era sacrifício, que sacrifício mesmo era juntar o dinheiro de todas as cocas que eu não tinha bebido e dar aos pobres. Acho sinceramente que todos devem fazer pelo menos um pouco de caridade, sim, mas não se deve sair por aí dizendo o que se faz ou se deixa de fazer.

Além disso, cada um sabe o que é sacrifício para si. Se pra mim sacrifício é passar um ano sem beber refrigerante, pra uma amiga minha sacrifício é passar um mês sem ir pra academia. Meu marido até cogitou incluir na promessa o chocolate, mas achou que seria forte demais e não aguentaria. Resolveu fazer só durante a páscoa. Quase morre. Já pra mim, não seria quase nenhum sacrifício. Enfim, não dá pra ficar medindo os outros com a própria régua.

Voltando à coquinha (é estranho escrever assim, mas não achei uma forma melhor), foi bom demais! Estava geladérrima! Só achamos um pouco doce. Impressionante como o paladar se acostuma. Já o guaraná e a coca-zero não achamos tanto.

O melhor de tudo é saber que o tempo passou e tudo deu certo, mesmo sendo os planos de Deus tão diferentes dos nossos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

1º dia no colégio...


Sabe criança quando volta das férias e vai pro 1º dia de aula, no transporte escolar, com mochila nova, caderno novo, lancheira nova com suquinho e maçã arrumados pela mamãe, na expectativa de conhecer os coleguinhas novos?
Pois é...
Ontem eu comecei o cursinho.
Lá fui eu, num look toda estudante, de mochila e sapatilha.
E como as coisas mudam:
- no lugar do caderno, um netbook;
- substituindo o professor, duas televisões;
- ao invés do transporte escolar, husband's delivery;
- na hora do recreio, nada de lanche e sim quinze minutos cronometrados nas benditas televisões, suficientes apenas para perguntar o nome de duas ou três coleguinhas e maiores informações sobre o curso.

Fico imaginando meus filhos chegando ao colégio e se deparando com um robô dando aula... Na televisão, lógico, para milhares de pontos no mundo ao mesmo tempo...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Agora é pra valer...


E depois de umas merecidas férias, de visita dos sogrinhos, de Natal e Reveillón em Fortaleza (lindos os fogos da Praia de Iracema), de visita do papi e dos meus irmãos, não havia mais o que justificasse adiar o início dos estudos.

O engraçado é que o maridón já tinha passado pelo mesmo processo (saído do emprego pra estudar pra concurso), e me dizia pra me preparar que não seria fácil.

E eu escutava aquilo pensando que seria tranquilo, pois já tinha "vivenciado a experiência dele", como se se pudesse viver pelos outros. Não se vive. Pelo menos tão inteiramente.

Já na primeira semana eu tive um companheiro inseparável: o banheiro. Sem justificativa nenhuma, uma dor de barriga hor-rí-vel se apossou de mim por uns três dias.

Depois, tive uma crise de choro com medo de ter mandado um documento errado pra inscrição de um concurso - É, as bancas não facilitam a sua vida: seria tão simples apenas fazer a inscrição pela internet... Mas não, você tem que mandar documentos autenticados via SEDEX ou até ir fazer a inscrição pessoalmente ou por procurador, mandar uma foto de quando você nasceu pra ver se você é você, comer uma pizza em noite de lua cheia, etc...

O fato é que pirei um pouco, mas só um pouquinho. Mas acho que é normal, né? Todas essas mudanças e ainda a distância da família...

Mas agora a piração já passou, a tranquilidade aos poucos vai se instalando e a rotina vai ajudar.

I hope...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mudança(s)

Depois de um longo e tenebroso período de exclusão digital, estou de volta.
Dia 7 foi minha despedida no trabalho. Triste, triste, triste. Quase cinco anos e muitos amigos. Teve almoço, vídeo-foto, buquê de rosas... e é bom ser querida. Mas é ruim ir embora.
Dia 8, exatamente no dia em que completava um ano da minha mudança pro apartamento que a gente tinha comprado, voei pra SP. E mais despedida: de pai, de mãe, avó, avô, irmãos, afilhada... Como corta o coração...
But... o que não tem remédio remediado está.
Voo tranquilo, chegada nem tanto (depois que levamos uma multa na área do desembarque do aeroporto de Guarulhos agora toda vida é um estresse sem fim...).
Mas cheguei em casa e tava tudo lindo, cheiroso, arrumado (e o marido que arrumou, viu?). Mais flores e o amor é lindo mesmo depois de quase quatro anos de casamento.
E a delicadeza do meu amor aplacou um pouco a saudade.
E há aviões e telefone e internet e tudo mais...

---xxx---

Meus caros, volta-se porque se tem saudade
Porque se foi feliz intimamente
Volta-se porque se tocou num inocente
E porque se encontrou tranqüilidade

A despeito da vida que acorrente
Volta-se, volta-se para a sinceridade
Volta-se sempre, tarde ou de repente
Na alegria ou na infelicidade.

E nada como esse apelo da lembrança
Para se transfigurar numa esperança
Essa desolação que uma alma leve

Assim é que, partindo, eu vou levando
Toda a desolação de um até-quando
Num ardente desejo de até-breve.

Vinicius de Morais

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sobre Doritos, Bohemia e DVD

Ressaca da eleição. Cansaço total. Nada de academia por hoje. Saudade dos afilhados. Os três pertinho de mim. Viagem pra organizar. Mudança grande já foi. Vovó dodói. Mamãe preocupada. Vovô saudoso. Marido longe. Nada que preste na televisão. Sinto falta do Grey's. A temporada nova já começou?

Uma passada na locadora, um pacote de Doritos e uma gelada seriam providenciais. Mas hoje é segunda, amanhã eu trabalho e... malho. Porque agora eu sou uma mulher que malha (há duas semanas, mas malha). E eu não estou mais só, fazendo festa com a solidão e o eco da minha voz no meu AP. Assim, o filme poderia até rolar, mas um pacote de Doritos e uma cerveja bem gelada (já que tô afastada do líquido negro da vida e similares), apesar de muito desejados, despertariam as mais insistentes e revoltadas indagações.

No ensejo -> 10 vantagens da minha estadia na casa da mamãe:
1. Não ter que arrumar minha cama.
2. Poder pedir pra Xica fazer suco de laranja pra mim todo dia de manhã.
3. Não precisar fazer mercantil.
4. Não ter que pagar contas.
5. Ser mimada como se tivesse me separado e voltado pra casa.
6. Poder usar os sapatos e as roupas da sister (tá bom, nem todas cabem, assim, beeem facinho).
7. Poder dormir no quarto com a vovó.
8. Poder conversar até mais tarde com a vovis, pois, ao contrário do maridón, ela sempre dorme depois de mim.
9. Poder estudar, ler, assistir televisão, tudo no quarto, e se quiser até com luz acesa porque ela não reclama.
10. Ser a irmã casada-adulta-que-mora-na-mesma-casa-mas-com-quem-os-irmãos-não-podem-mais-brigar.

Another day: as dez desvantagens...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Penseira

Pronto, ontem foi um daqueles dias em que quis ter muito uma penseira.
Porque, sério, eu pensei que minha cabeça ia estourar de tanta coisa que eu estava pensando ao mesmo tempo.
Fora as inúmeras tarefas do trabalho (essas eleições estão me matando, e ainda nem chegou o dia da votação), tinha obra em casa, tinha escritura pra lavrar, tinha mudança pra organizar... (não me pergunte como uma pessoa pode estar com um apartamento novo, lavrando a escritura, mas com obra por fazer e uma mudança pra organizar).
Além disso, e aproveitando a onda de Harry Potter, "great things are about to happen". E por causa desses grandes acontecimentos, decisões precisam ser tomadas. E a vida precisa ser organizada.
No fim do dia, nada disso tudo estava resolvido. Mas nada me incomodou tanto quanto não ter podido fazer aquela visita e sentir aquele cheirinho de recém-nascido que anestesia qualquer um.