São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tolerância Zero

Dia dos Pais.
Almoço no vovô.
Antes, uma incumbência bááásica de mamãe: "minha filha, traga um sorvetim, que num tem nenhuma sobremesa".
Beleza. Lá vou eu com uma enxaqueca federal atrás de dois potes de sorvete. Sim, porque minha família é grande mesmo. Paro na sorveteria e tem duas criaturas-clientes.
Do lado esquerdo, um homenzinho que, definitivamente, não deve conhecer Leite de Rosas.
Do lado direito, uma mulher dos seus cinquenta anos, enoorme, com quatro dedos de raiz preta nos cabelos, um tamanco horroroso e os pés rachados de tão secos. (É, eu tava de péssimo humor).
Daí que a mulher ficou ensebando lá, pediu três picolés de côco. (a essa altura, tinham descido do carro, e se juntado a ela, a filha e a mãe, uma senhorinha muito arrumadinha e muito fofinha, mas que não queria porcaria de picolé diet coisa nenhuma).
A mulher recebeu os picolés, começou a comer e tal. O fedido pediu então um sorvete lá e eu, pra aproveitar que o atendente já tava mesmo com o freezer aberto, pedi os meus.
"- Agora eu acho que o sr. devia atender primeiro quem chegou antes." - disse a doida da raiz preta.
Rapaz, o sangue subiu....
"Como é que eu ia adivinhar que a senhora ainda não tinha terminado? A senhora tá muito estressada, devia ter era vergonha de andar com uma senhora de idade e ficar fazendo confusão por causa dum pote de sorvete!!!!"
Pronto, quando vi já tinha falado. E ainda fiquei resmungando lá. Ela respondeu? Não, óbvio. Deve ter se assustado com a minha rebeldia. Será que ela pensou que eu ia ficar calada? O fedido ficou. Sequer concordou com o que eu fiquei murmurando depois que a doida tinha saído.
Foi-se o tempo em que eu levava desaforo pra casa. Ainda mais com uma enxaqueca como a de hoje... Tive paciência não, viu...

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